domingo, 18 de novembro de 2012

A arábia é aqui!

Oi, gente!

A dica desta semana foi a minha primeira descoberta pós férias: a Snaubar Esfiharia e Cervejaria, no bairro de Parnamirim.
Aberta há pouquíssimo tempo, veio tentar preencher um grande vazio na cena gastronômica desta cidade: a ausência de bons restaurantes árabes. Ainda bem!
Obviamente, como o próprio nome diz, a estrela da casa são as esfihas, e nelas o cardápio é pródigo em opções. Mais ou menos como ocorreria numa pizzaria, ou numa creperia, os mais variados recheios estão lá: os comuns, os mais elaborados, os simples, os mais temperados, doces ou salgados, e ainda os chamados regionais. Na tentativa de agradar a todos os paladares, a temática árabe foi ampliada, cheia de licença poética. Imagine uma esfirra quatro queijos, uma marguerita, camarão com catupiry, carne de sol com queijo coalho, charque com catupiry, calabresa, romeu e julieta ou cartola. Todas estão lá.
Esfiha de berinjela e coalhada seca
Esfiha Quatro Queijos
Elegi algumas para provar. A massa é gostosa, embora para mim pudesse ser um pouco mais leve e mais fina. Confesso que não cheguei a perguntar, mas senti um gostinho de milho bem marcante em todas elas, mais ou menos como a massa utilizada em uma conhecida pizzaria recifense. Será que procede? Prometo que, se obtiver essa informação, compartilho com vocês.
Se tiver que sugerir, fico com a de beringela com coalhada seca. Uma delícia!
Pelo que pude observar, também estão fazendo bastante sucesso os michuis, que são espetinhos, acompanhados de pão sírio e uma das pastas da casa, à escolha do cliente.
Por falar em pastas, a coalhada seca de lá é deliciosa, bem encorpada e temperada, assim como a pasta de grão de bico. Mas pecaram no pão sírio, que estava mole, e deveria ser mais leve e crocante. Quem sabe na próxima?
Kibe vegetariano com coalhada seca
A medalha de ouro foi para o kibe vegetariano recheado com coalhada seca. Delicioso! Sequinho, recheio farto, tempero leve. Jogue fora o preconceito e não torça o nariz para o fato de ser vegetariano. Se você não prestar atenção, vai jurar que é de carne. É, ao meu ver, o melhor petisco da casa!
Ah, duas coisas boas: pra acompanhar tudo isso, o chopp é Heineken, bem geladinho. E o café é da marca italiana Illy, o que já traz uns pontinhos extras.
Na verdade, senti apenas uma grande ausência: o KIBE CRU. Como sou absolutamente apaixonada por um bom kibe cru, fiquei um pouco frustrada em não encontrá-lo no cardápio. Como assim um restaurante árabe sem kibe cru?? Acho que vou iniciar uma campanha pela sua inclusão no cardápio.
Ah, você sabe o que quer dizer Snaubar? Eu também não sabia. Mas não vou contar aqui. O melhor é pedir para o proprietário te contar, enquanto estiver por lá. A história é ótima, com direito, inclusive, a degustações.
No fim, temos um bom lugar pra relaxar e jogar conversa fora, numa ruazinha tranquila que evoca minhas melhores lembranças de infância.
Acho que voltarei por lá!
Um beijo a todos, e boa semana.

10 comentários:

  1. Infelizmente nunca segui uma dica do blog porque moro longe. Mas aguardo ansiosa o dia em que o blog se fará presente em outros estados....

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  2. Adorei. Vamos combinar de ir lá provar esse kibe com coalhada seca. Rosa

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  3. Vem fazer uma vistoria gastronômica em Brasília, vem :)

    E você tem razão: quibe cru é bom demais!

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Olá Raissa! Obrigado mais uma vez pela visita! Adoramos seu post, a riqueza de detalhes com que descreveu os pratos degustados, a abordagem e a crítica positiva! Aproveitamos para esclarecer alguns pontos mencionados: Sobre a massa da esfiha, após diversos testes, optamos por fazer uma borda mais “grossa” para evitar que o recheio escorra no momento de assar. Realmente, é fato que usamos farinha de milho apenas na abertura da massa, um dos métodos clássicos, no intuito de agregar sabor e textura ao resultado final da esfiha, pois não defendemos a bandeira de uma cozinha estritamente árabe, tendo assim a liberdade de fazer releituras de pratos tradicionais e mesclas com outras cozinhas do mundo, trazendo assim uma proposta inovadora. Gostaríamos também de acrescentar nossa opção de fazer o pão sírio com as propriedades mais próximas do original, portanto mais macio, como o utilizado no Beirute, afastando-se assim do crostini italiano, cujo pão é crocante e quebradiço.
    Sua sugestão do kibe cru é ótima! Inclusive muito requisitada por boa parte dos freqüentadores do Snaubar. Estamos estudando a melhor forma de acrescentar mais essa especialidade ao cardápio da casa. Aguarde que em breve teremos mais essa opção de quitute tipicamente árabe.
    Aguardamos ansiosamente seu retorno!

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  6. eu achei a massa da esfiha maravilhosa, acho que se fosse mais fina não ficaria bom! parabéns pelo blog!

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  7. Já que Luciana não consegue publicar,publico eu:
    A gente ainda não foi mas a gente vai.O melhor kibe que já comi até hoje foi o da avó dela.Pelo jeito o restaurante deve ser bom.Sabes dizer se os donos são arabés?

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    1. Boa tarde, Andre Gustavo! desculpa a demora para a resposta! não vou entrar no mérito de comparação do kibe da vó de Luciana, mas temos algumas opções de kibes bem diferentes, vale a pena provar o vegetariano com coalhada seca, o de moranga com charque... Só vai saber se experimentar!!! rsrsrs
      AH! não somos árabes nem descendentes, mas apreciadores da culinária. Isso nos permitiu ousar, mesclando a base da culinária árabe com os sabores do mundo! Venha nos conhecer!

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  8. Obrigado,Snaubar.Minha esposa é descendente de árabes(avô e avó)e realmente o kibe de dona Afife era um show.Iremos em breve por aí,podem aguardar.Abraço grande!

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